segunda-feira, 16 de novembro de 2009

DOIS BROWNS

Lourenço Cardoso
Roberto C. Camargo
(texto escrito em 2001 publicado In: Pobre, Ano I, Edição 1, Setembro/Outubro, São Paulo, 2001, p. 11-16)

No início do ano dois fatos/acontecimentos chamaram-nos atenção.
Fato I: Mano Brown arrebentou no show de RAP realizado no Anhembi (13.01.2001), é óbvio, que outros rappers tiveram o mesmo desempenho. O Milennium RAP reuniu cerca de 40.000 pessoas oriundas das camadas pobres da população paulistana e paulista.
Podemos dizer que os pobres, moradores da periferia, deram seu recado, e muito bem, aos agentes dominantes, ao contrário, do que alguns, poderiam supor, o evento deu grande prova de organização e capacidade dos manos, em relação ao RAP, mostrou que não “devemos nada pra ninguém”.
Fato II: Pela tevê nos deparamos com uma cena grotesca, aterradora. Carlinhos Brown, cantor baiano, foi literalmente “atacado”, “agredido”, “insultado”, “humilhado”, pelos espectadores do grande festival de Rock, denominado pelos agentes promotores de “Rock in Rio III”.
Brasil, terra do samba, carnaval, e assim vai..., com este festival de Rock, mostrou sua verdadeira face: eurocêntrica, estadunidense. E por que não branca, racista, desrespeitosa, estúpida.
Carlinhos Brown, para quem não sabe, é negro, casado com a filha de Chico Buarque, soteropolitano, mais específico do Morro do Candeal Pequeno, em que realiza trabalhos comunitários, ponto em comum, com Racionais MC´S, Negritude Jr., e outros.
Vivemos dois mundos: “jardins e Capão Redondo”, tanto um, quanto outro, têm manos cabe-nos orgulharmos do que somos: negro brasileiro. Acabou-se a farsa de que somos um país “tolerante” e “democrático”.
Dois “neguinhos”, um do Capão, outro do Candeal, o primeiro simboliza a grande massa de negros, mestiços, nordestinos, toda a periferia deste país. O outro, apesar do trabalho comunitário, não inspira, não simboliza, LUTA. Trata-se do humano, de pele escura, que pensa aceito pelo humano de pele clara que se elegeu superior.
No Millenium RAP Mano Brown no show reclamou com os gringos que queriam invadir o palco por não agüentar a espera. O público em sua maioria, negra, negro, branca, branco, pobres preferiram os artistas, os músicos, brasileiros ao invés do estrangeiro.
No Rock in Rio III, rock estilo musical de origem preta, o público branco, branca, negro, negra, classe baixa, média, alta, não suportaram vê o preto, um dos ícones do estilo musical que a industrial cultural denominou Axé Music, porque estavam presentes para aclamar os gringos, esperavam Guns in Roses e Oasis.
Beth Carvalho madrinha de sambistas consagrados: Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão; e a revelação “Quinteto em Branco e Preto” disse em entrevista a Mauro Dias da Agência Estado (18.01.2001): “Esse grupo [Guns in Roses] deveria ser processado por racismo (...) Eles têm uma música chamada One in Million na qual falam que negro fede e tem que morrer. Isso é crime”.
O cruel que beira ao ridículo do ocorrido no Rock in Rio III, não se resume à frase racista: “Coitadinho do Carlinhos! Coitadinho do neguinho!”. E sim, ao fato de ele ter sido vaiado por brancas, brancos, negras, negros que esperavam para ovacionar uma banda estrangeira racista. Estas pessoas mostraram sua face de povo colonizado e de total alienação. Os peles pretas, peles claras, peles brasileiras de múltiplas tonalidades com complexo de inferioridade, não perceberam que vaiaram a si mesmos, por ignorar, por apenas querer consumir.
É como se neonazistas que matam homossexuais, pretas, pretos, nordestinas, nordestinos..., em praça pública, (exemplo do que aconteceu na Praça da República, S.P, que foi divulgado na mídia) fossem ao Congresso Internacional de Neonazistas na Alemanha. Os pobres, em especial, as pretas e os pretos, parece absurdo, mas existem neonazistas peles escuras filhos de metalúrgicos desempregados que são contra os nordestinos. Esses “menos brancos” pobres que são os mais dedicados, os mais preocupados em serem aceitos, (ser aceito preocupação de Machado de Assis, Alexandre Pires, Pelé, Ronaldinho, Carlinhos Brown, entre outros...) receberiam uma passagem gratuita, presente de grego, mas eles ficariam felizes.
Lá chegando no Congresso Internacional Neonazista com a foto do Hitler na camisa, com o livro “Minha Luta” na mão, e na outra com álbum de seres inferiores que mataram, os neonazistas puros, (temos dúvidas sobre pureza, mas se eles dizem que são puros, acreditamos) lhe fariam duas perguntas, é óbvio em alemão: Vocês são loucos? Quem traduziu o livro do Hitler?
Neonazista puro é de uma imbecilidade que só perde para neonazista latino, neonazista argentino, brasileiro. Imbecilidade semelhante à atitude das pessoas que vaiaram Carlinhos. Atitude imbecil porque reflete a falta de uma mínima compreensão individual e social.
Meio as vaias Carlinhos cantou o hino nacional, numa atitude: “Aceite-me, sou brasileiro como vocês!” Este artista, se esquece, que o negro jamais foi aceito no Brasil pois se não somos os “Estados Unidos”, devemos ao atraso que trouxe ao país os povos inferiores, e ainda preguiçosos, que vieram da África. É só comparar! Os italianos vieram depois e têm padaria, os japoneses um bairro. Quanto os peles pretas? Cidade Tiradentes, Capão Redondo... repletos de pobres, infestados de minas e manos que não são o povo de Carlinhos:

“Que sociedade? Ele (Negro) é que se transforma em excluído. Eu por exemplo, sou um homem miscigenado no Brasil e digo com alta firmeza: adoro pertencer à etnia da África, mas não queria nascer lá de jeito nenhum. Naquela miséria? Com Ebola, com gente morrendo de fome? Aquele é lugar pra mim? Não é. A África com toda sua fragilidade, aceitou ser colonizada, escravizada. Isso é coisa de um povo fraco. Isso não é o meu povo. Meu povo tem força, é rei. Sabe sobreviver do caos. Meu povo é o mesmo que construiu o Brasil, mas um que não se deixa engolir pelo Brasil” (Revista Raça Brasil Ano 1 Nº 1, Setembro, 1996, p. 12-3)

Este trecho da entrevista de Carlinhos indica sua postura política e seu pensamento em relação à sociedade brasileira, em especifico, aos seus semelhantes de pele preta, que lembra em alguns aspectos o que foi escrito por intelectuais e cientistas sociais brancos racistas: Euclides da Cunha, Oliveira Viana, Silvio Romero, Paulo Prado, Nina Rodrigues. Que diz cada com sua particularidade: “povo fraco preto, povo forte branco, povo inferior, povo superior”.
Carlinhos se difere da maioria dos brasileiros, conhece sua origem. Os povos de peles pretas devido à maneira que foi o tráfico de africanos para costa brasileira com a separação das famílias não conhecem seus povos originários. Carlinhos Brown conhece, “seu povo é rei”. Carlinhos assim como o público que o vaiou, é outro imbecil que iria ao Congresso Internacional Neonazista Alemão, aliás tem dinheiro para pagar a própria passagem. Sua atitude inconsciente, ignorante, de reproduzir intelectuais brancos racistas, indica que iria. Talvez até responderia as duas perguntas em alemão.
Mano Brown, ele povo, e, seu povo, é muito diferente do povo de Carlinhos Brown, aliás, Mano é oriundo do “povo fraco”, “povo pobre”, “povo periferia” que citou Carlinhos, sobre a música que produz, o RAP, Carlinhos tem a seguinte opinião: “Isso é (O RAP) a aceitação da miséria e o não saber reinar sobre ela.” (Revista “Raça Brasil” Ano 1 Nº 1, Setembro, 1996, p. 13).
Carlinhos Brown, outra vez, demonstra falta de informação em seu conceito sobre RAP, que é um estilo musical que faz parte do Movimento HIP HOP que se expressa também no break e grafite. Na tese de mestrado do Grilo[1], “No Ritmo do RAP: Música, Cotidiano e Sociabilidade Negra São Paulo 1980 – 1997”, está conceituado RAP gospel, RAP romântico, no entanto, o que mais se destaca no Brasil, é o RAP político, RAP de denúncia social, que é a essência do próprio Movimento HIP HOP, em outras palavras, diríamos que o caráter político e de entretenimento, é essência do Movimento HIP HOP como indica Kljay, falando especificamente sobre RAP:

“Todo segmento musical corre o risco de virar pop, comercial, e no RAP também vai ter isso, mas, acredito que o outro lado, o lado político é o mais forte do que esse comercial.” (revista “abayomi, arte, informação e cultura”, edição única, janeiro 2000, p. 13).

No caso do Axé Music, a essência é o lúdico que foi, e ainda é, explorado pela indústria cultural, “máquina de moer cultura”, que ambiciona ter em suas mãos o RAP, que segundo Ice Blue “é a música mais popular do momento”, devido ao sucesso que foi o Millenium RAP, que não teve praticamente nenhum patrocínio, diferente do Rock in Rio III, não restam dúvidas que o rapper tem razão.
Cabe ao Ice Blue, Edi Rock, Kl Jay e Mano Brown, explicar melhor, como será a relação com a Sony, pois os argumentos de Blue no Bate Papo da UOL (11.01.2001) não convenceram:

“Hoje eu não tenho mais 18 anos, nem 20, sou pai de quatro filhos. Não adianta ficar com ilusão. Têm várias camisetas piratas, discos piratas dos Racionais na rua. O Racionais hoje vende 1 milhão, 2 milhões de discos, e isso não dá pra ser distribuído por um selo independente. Estamos preocupados em cercar os caras que ganham dinheiro às nossas custas e atender o público mais rápido.”

Os argumentos do Ice Blue é típico de um empresário, de um capitalista. Os caras que Ice Blue, que neste caso representa os Racionais MC´S., ou seja, os caras que os Racionais MC´S “estão preocupado em cercar porque ganham dinheiro as suas custas” são pobres, vendedores de discos piratas, e para cercá-los associaram-se a Sony, empresa multinacional, atitude lógica, sensata, inteligente, do ponto de vista capitalista.
Inexorável do ponto de vista social, pois dificulta, impede (não totalmente) a divisão dos lucros do produto cultural colido na sociedade, com a própria sociedade, com pobres moradores da periferia cantada nas músicas dos Racionais MC´S e outros grupos e músicos. Esta lógica empresarial, levada às últimas conseqüências, (se fosse possível) transformaria a miséria em produto cultural que visa o lucro para duas empresas “Cosa Nostra” e “Sony”.
No “Vídeo Music Brasil 98”, na MTV, Carlinhos Brown foi o apresentador, os Racionais MC´S ganhou o principal prêmio, o encontro entre Carlinhos e Mano foi inevitável, não poderia ser diferente, devido à postura dos Browns, o encontro não foi amistoso. Enquanto Carlinhos teoriza sobre “povo preto brasileiro fraco”, herança dos escravos africanos que “deixaram ser escravizados” para Mano Brown a História é outra:

“(...) Muitas pessoas insistem em perguntar porque os afro-americanos conseguiram espaços em tantos setores da sociedade americana e os brasileiros não conseguiram muita coisa, além de Pelé e... Não sabemos com quem lutar, todos dizem que são nossos amigos. Nos Estados Unidos a arma é apontada pela frente, os brancos de lá são menos covardes. No Brasil a arma é apontada pelas costas. A segunda posição é mais cômoda para quem segura a arma e torna a defesa mais difícil para quem é o alvo.
Um exemplo simples: Ku Klux Klan – organização de extrema direita branca que agia no sul dos Estados Unidos atacando pessoas negras declaradamente; Grupos de Extermínio – os ‘pés-de-pato’, como são conhecidos aqui na zona sul de São Paulo e Rio de Janeiro, matando mais que KKK e o FBI juntos. Só que não é divulgado que a cada dez mortos, sete são negros; justiceiros grupos de extrema direita, formada por pessoas brancas, negras, pardas, policiais, bandidos, comerciantes (...)” (Trecho extraído do texto “Revolução” de Mano Brown, publicado originalmente na Revista Trip 38, republicada na edição Ano 12).

Quando Mano Brown escreveu “Revolução”, tinha 24 anos, três anos depois, cantaria: “Permaneço vivo, prossigo a mística! 27 anos, contrariando a estatística!” (versos da Música “Capítulo 4 Versículo 3”). Este texto, além de outros temas, oferece uma lúcida comparação entre o racismo brasileiro, e o estadunidense, o exemplo dado, que compara a Ku Klu Klan com os Pés-de-Pato é brilhante, pois além de denunciar extermínio de pobres, que “a cada dez, sete são negros” deixa evidente que no Brasil a organização dos negros é mais difícil porque o racista não se assume, “atira pelas costas”, age na calada da noite, razão a qual Suely Carneiro, filósofa, coordenadora do Geledés, diz: “no Brasil se produziu a forma mais perversa de racismo no mundo.” (Revista Caros Amigos ano III, Nº 35, fevereiro, 2000 p. 1)
É de estranhar, que Mano Brown, avesso à mídia, tenha concedido entrevista a Trip revista voltada a juventude classe média e alta, branca. A entrevista foi superficial, muito superficial se compararmos com sua entrevista na “Caros Amigos”, mesmo assim, não deixou de ser interessante, polêmica e tola. Não podemos deixar de ressaltar a tolice dita por Mano Brown ao responder a pergunta se a educação muda a realidade:

“Mesmo estudando, é 500 anos. Nossa geração não vai ver essa porra melhorar. Estão é perdendo tempo na escola. Dez, 12 anos na escola, está perdendo tempo. Camarada meu só tirava nove e dez. O máximo que ele conseguiu chegar foi a bancário. E agora está desempregado porque participou de greve nunca mais arranja emprego.”

Equívoco de Brown, tolice, o que disse não se sustenta, pois no sentido radical, no sentido profundo a escola é o lugar (formal) para busca do conhecimento, e não para busca do emprego, ou ascensão social, nunca se perde tempo em aprender, nunca se perde tempo com o conhecimento.
Muitos integrantes do Movimento HIP HOP, incluindo os Racionais MC´S, discursam que o povo deve se armar com informações. Conhecimento, informação não se encontra apenas nas ruas, encontra-se também nas academias, o fato de Mano Brown ter conseguido ascensão social como artista não quer dizer que todos conseguirão, se seguirem o mesmo caminho, ele é exemplo individual, assim como seu “camarada”.
A crítica as Instituições de Ensino, além de externas, convém serem feitas em seu interior. Os manos, as minas, as pretas, os pretos, o pobre é a subversão que as academias necessitam em suas entranhas para que possam superar sua mediocridade, em alguns aspectos, e deixar de ser uma ilha, habitada em sua maioria, por brancas e brancos, classe média e alta. Contudo, não podemos deixar de reconhecer que antes de aprender a pessoa tem que comer. Sem emprego para sobreviver às alternativas são indignas ou ilícitas.
Mesmo com suas contradições Mano Brown está muito distante de Carlinhos Brown. Mano é péssimo, machista (assim com os outros integrantes do grupo Racionais MC´S) quando se refere às mulheres; excelente, de rara sensibilidade, como: letrista, poeta, intérprete político.
As pretas, os pretos, pobres, moradores da periferia têm poucas referências brasileira, praticamente inexiste um negro de destaque que aborda questões raciais, com firmeza e coerência. Razão a qual faz com que Mano Brown se diferencie, disse Grilo numa conversa informal: “Mano Brown é uma espécie de Malcom X brasileiro”. É perceptível a influência de Malcom em Mano Brown, assim como no próprio Movimento HIP HOP.
Mano Brown que fez com que pobres comprassem a revista Trip; Mano que prestou depoimento ao preto que se tornou mestre[2]; Mano que prestou depoimento à branca que se tornou doutora[3]; Mano que quarenta mil minas e manos param para ouvi-lo. Como disseram a respeito de Malcom: “Muito poder para um homem”.
Nesse sentido a indústria cultural e a sociedade capitalista branca dizem: “Precisamos achar um jeito de lucrar com este poder”, e o pior, que os manos e as minas estão, de certo modo, acatando e dando as costas ao Movimento HIP HOP, exemplo: Pavilhão 9, “ex-banda de RAP.”
Em relação ao Carlinhos, suas contradições são inaceitáveis, quando diz: “povo africano fraco” está falando a respeito de si mesmo, sem saber, ao se referir às pretas e pretos, é como se olhasse no espelho e repetisse palavras que não são suas. Seu comentário sobre a platéia que o humilhou lhe cabe: “(...) Precisam aprender a entender o Brasil”[4].
Mano Brown já mostrou que não é preto quando lhe convém, quanto a Carlinhos Brown, temos dúvidas. Muitos pretos e pretas, uns até militantes do Movimento Negro, assumem-se negros quando podem tirar vantagem, aliás, militar é uma palavra infeliz, sugere “receber ordens sem pensar, sem questionar”; ativista..., Ativista Preto, preferimos. Mano Brown, mesmo com suas contradições e equívocos, além de rapper, é sem dúvida, dos pretos “populares”, o Ativista Negro mais coerente.

[1] Grilo, pseudônimo de Amailton Magno Azevedo, Músico, Mestre em História Social, PUC-SP.
[2] Mano Brown prestou depoimento para Grilo para sua tese de mestrado já citada.
[3] Mano Brown prestou depoimento para tese de doutorado de Maria Eduarda de Araújo Guimarães intitulada: “Do Samba ao RAP”
[4] “Isso não aconteceria na Bahia, afirma” reportagem de Israel do Vale e Pedro Alexandre Sanches, publicada na “Folha Ilustrada” em 15 de janeiro de 2001.

4 comentários:

  1. Sei que a questão inteira não é sobre isso. Mas sobre o caso do Rock in Rio:
    Imagine que num show de pagode, no meio do nada, começa a tocar uma banda heavy metal.
    Qual seria a reação de quem foi para curtir pagode? No mínimo de descontentamento.
    O gosto pra musica é muito peculiar.
    Meu exemplo: sou filha de baiana com mineiro, jogo capoeira, devo ser uns 30% india, 30 % branca e 40 % negra. E não ouço Carlinhos Brown nem à força! Não suporto ouvir ele falando. E não é por ele ser negro, nordestino ou brasileiro. O cara, na minha opinião, é chato!
    Se estivesse no rock in rio, vaiaria ele também!
    Além disso, eu sei, através de quem foi para lá, que as condições não eram as melhores para a entrada de um cantor de axé.
    Digo: todo mundo suado, cansado, fedendo, comida cara, ÁGUA cara, show atrasado e ainda entra o carlinhos brown!!!
    Fique admirado da reação não ter sido pior!!

    ResponderExcluir
  2. Não concordo com a ótica do seu texto. Concordo com a maioria das críticas feitas, principalmente aos dois artistas. Mas se eu estivesse lá, também vaiaria com força, e não pelos motivos apontados. Essa vai tem várias origens. Pra mim, além de ser chato, prepotente e se achar referência cultural e intelectual dos negros fracos brasileiros, a apresentação do cara naquela ocasião é chamar a todos os pagantes de idiotas. Qualquer um com bom senso jamais colocaria esse cara misturado à proposta do evento. Diga-se de passagem, que eu nunca colocaria os pés. É só pensar um pouquinho como organizador, fazer algumas contas e sacar o que o "negão levanta poeira" estava fazendo lá. Patético, todos. Mas, a grana foi pra conta. Virou notícia... Mais grana na conta. E assim vai...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. até entao dÔ razão,a ocasião ñ era perfeita para o carlinhos, sou negro mas tambem ñ curto as musicas deles. mas vooc chama-lo de "negrão levanta poeira" é um ato de preconceito.
      acabou de ler a critica da razão de (lourenço).mas ñ conseguio distinguir a verdadeira razão da critica.
      o motivo dele ser vaiado ñ foi por ele ser negro, mas sim por ser um banda diferente do esperado...da proxima vez tenta ler com mas atenção pra ñ cometer a mesma merda, é por pessoas que nem vc que ñ existe melhoria contra o preconceito racial...

      Excluir